30 de junho de 2013

Tema: Transporte público - legitimidade das manifestações, preço, qualidade e logística.


O estopim das manifestações


       A preocupação com o meio ambiente trouxe para o século XXI a intensificação do uso do transporte público. Além de facilitar a locomoção ao diminuir o intenso tráfego de carros, também possui baixo custo para abranger a todos. Mas sua eficácia tem sido dubitativa. Os ônibus, por exemplo, que foram criados por Stanislav Baudry em 1826 visando economizar deram certo, pois muito empresários lucraram concomitante a economia da população. Entretanto, o tema transporte publico obteve nos últimos dias um significado dicotômico ao modo que surgiram manifestações reivindicando melhorias na qualidade do transporte, baixa da tarifa, o que mostra o descontentamento da população em meio à situação que abrange o país.
        A tarifa cobrada em Caxias do Sul é de dois reais e setenta e cinco centavos cada passagem, o que para alguns pode ser pouco, mas para uma maioria este dinheiro faz falta no final do mês, por exemplo, uma pessoa que utiliza duas passagens por dia tem um custo médio de 121 reais ao mês. Esse valor poderia ser muito menor se o governo reduzisse os altíssimos impostos tanto para os usuários quanto para as empresas.
        Outro fator é a falta de logística, organização e agilidade nas operações. A qualidade do serviço prestado é precário e a população não está mais disposta a aceitar tais condições de forma imparcial. Tantos impostos pagos com um único viés, o bolso dos corruptos, afinal o dinheiro não tem retorno para melhorar as condições da população. Para a infra-estrutura de hospitais, escolas e muitos outros lugares não há verba suficiente, mas para construir estádios caríssimos sobra dinheiro, o transporte foi apenas o estopim das manifestações. A indignação da população se fez valer através das revoltas, que apesar de ter boa intenção sofre com a ação tempestiva de alguns vândalos, que devem ser sufocados pela boa intenção da maioria.
        Se antes o Brasil estava “deitado eternamente em berço esplêndido”, agora “ verás que um filho teu não foge a luta”.  A manifestações tem sido válidas, pois algumas propostas de emenda constitucional, como a Pec 37, já foram vetadas, a tarifa de ônibus não aumentou, mas sim baixou, corruptos que estavam em julgamento a muito tempo foram cassados e processos que estavam arquivadas forma rapidamente solucionados. O Brasil está torcendo mais por uma reforma na política do que pelo futebol Brasileiro, o que é um estigma para “o país do futebol”.

Autores: Caroline Milani e Tiago Barcarol.